segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Eu quero viver num país que tem o FIB


A 5ª Conferência Internacional sobre Felicidade Interna Bruta (FIB) e o evento, que pela primeira vez é realizado no Brasil, foi trazido para Foz do Iguaçu graças a um convite feito pela Itaipu Binacional.

O FIB é baseado na premissa de que o objetivo principal de uma sociedade não deveria ser somente o crescimento econômico, mas a integração do desenvolvimento material com o psicológico, o cultural e o espiritual — sempre em harmonia com a Terra. O primeiro-ministro do Butão, Lyongpo Jigme Thinley, declarou que "certamente o Brasil teria ótimos índices, um dos mais altos", quando pedido para dar um palpite sobre a possível classificação brasileira na FIB. Segundo o primeiro-ministro, "o PIB é valorizado ao custo do empobrecimento espiritual e é a antítese da FIB, que busca o equilíbrio entre as necessidades materiais e espirituais".

O método da Felicidade Interna Bruta foi criado em 1972 pelo rei do Butão, Jigme Singye Wangchuck, e avalia áreas como educação de qualidade, boa saúde, vitalidade comunitária, proteção ambiental, bom gerenciamento do tempo, boa governança, acesso à cultura e ao bem-estar psicológico. O Butão é o primeiro país do mundo a aplicar os indicadores do FIB para avaliar a qualidade de vida de sua população — o FIB é adotado na constituição butanesa.

Desde novembro de 2008, a FIB é adotada na prática, com vários indicadores cuidadosamente elaborados para medir o que, de fato, interessa para os butaneses: o quanto sua população é feliz. Pesquisas preliminares, segundo Thinley, apontam para índices da FIB muito mais positivos do que poderia induzir qualquer análise baseada somente no PIB.
Segundo o primeiro-ministro Jigme Thinley, "a maneira pela qual buscamos felicidade no Butão encontra suporte em medidas de administração pública que tentam promover esse equilíbrio".

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